Por mais que eu não queira, o meu coração não pára de chamar por ti. Sente dor a toda a hora. Custa acreditar mas o meu medo parece estar de facto a acontecer. A distância apoderou-se de nós, mesmo sem querermos, e fez questão de interferir em algo que eu julgara desde o inicio longe de acontecer. E o pior é que a culpa não é minha e muito menos tua, apenas consigo culpar o tempo.
Tu não sabes porque não tenho maneira de to dizer, mas penso em ti a todos os segundos. Manténs o teu silêncio há tempo demais, não percebes que isso me deixa triste? Depois das tuas promessas de que não iria ter tempo de ter saudades. Tempo esse que já se tornou cansativo, o tempo escasseia e sinal da tua presença em mim, nada. Eu estou a cumprir com o teu pedido - não me esqueço de ti.
Será que ainda não percebes-te isso?
Tu foste aquele conforto que não tinha há imenso tempo, e assim derrepente abandonas-me no preciso momento em que te ia contar o que o meu coração dizia?
Sim, eu fiz o que tu um dia me pedis-te: fechei os olhos e não pensei. Ou melhor até pensei - em ti.
Mas agora parece ser tarde demais, o tempo um dia foi meu amigo e hoje é o meu pior inimigo. A sério que estava disposta em poder lutar mais, mas o teu silêncio não ajuda, e o tempo vai fazer com que te esqueças da promessa que teimas em não cumprir. Não queria faltar com a minha palavra atrás, mas um dia tenho de fazer como tu - tentar seguir em frente e aceitar.
Afinal "nunca nada é por acaso".
Apesar das imensas diferenças que nos distinguem, existe algo que nos une.
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