sábado, 12 de novembro de 2011

Uma saudade diferente...

O meu coração quis acalmar. Quis descansar um bocadinho, depois destes meses agitado. Quis parar um pouco, quis tirar uma pequena folga. Quis permanecer quieto durante uns dias, pois á uns tempos que anda assim. Há uns tempos que decidiu por si esconder os sentimentos mais profundos que ele contém. Há uns tempos que ele decidiu por si acalmar todas as emoções fortes que o invadem constantemente. Mas ele continua a trabalhar à velocidade da luz. Continua exactamente idêntico, apenas decidiu silenciar a sua existência. Fê-lo porque tem medo de se magoar, tem medo de se iludir, tem medo de se desiludir. Não quer dizer que algo tenha desaparecido, não. Mas todos temos fases na vida em que necessitamos de amar em silêncio e ter saudades em silêncio. Por vezes essa é a maneira mais fácil de lidar com todas as emoções. Ter saudades em silêncio acaba por cansar. E pelo que dizem, as saudades acabam por desaparecer finalmente. A falta que sentimos dessa pessoa por mais meses que permaneça, acaba sempre por desaparecer. Pelo menos, é o que dizem. Mas se formos a ver, uma pessoa que sempre nos foi importante e que nos marcou duma forma inacreditável, nós iremos sempre ter pelo menos uma pontinha de saudade. Essa pessoa vai sempre fazer-nos falta, vai sempre fazer-nos falta os tempos em que ela conseguia arrancar um sorriso verdadeiro nosso duma forma inexplicável. Vamos sempre sentir saudades da sua voz, do seu cheiro, do seu calor, do seu toque, do seu lindo sorriso e dos seus olhos brilhantes. Nos dias mais frios, vamos sempre necessitar do seu abraço. Nos dias mais quentes vamos sempre necessitar do seu sorriso para que o dia fique completo. Essa pessoa vai sempre fazer-nos falta, passe o tempo que passar. Pode deixar de ser a primeira pessoa em quem pensamos quando acordamos, e a última quando adormecemos. Mas ela acaba sempre por influenciar o nosso dia. Acabamos sempre por nos preocupar com ela, sem sabermos se ela está bem, como tem andado, as suas novidades, se também se lembra de nós como nós nos lembramos dela ou se pelo contrário já se esqueceu da nossa existência.
Há quem diga que chega a uma altura em que essa pessoa, um dia acaba por deixar de invadir os nossos dias. Há quem diga que chega a uma altura em que conseguimos fechar o nosso coração a sete chaves, para que essa pessoa nunca mais possa entrar. Há quem diga que a saudade é relativa e inconstante. E sabes uma coisa? Eu também acho. Mas queres saber outra coisa? Aquela que tenho por ti é diferente - é exacta e completamente constante, completamente diária e profunda. É uma saudade inquebrável e inacreditavelmente exagerada e quando escondida, até que dói um pouco.

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